Fique de olho
Imune a crises
É uma frase tradicionalmente ouvida no mercado: uma crise pode comprometer o desempenho de todos os setores econômicos, mas o de alimentos costuma ser poupado. A razão é óbvia: aconteça o que acontecer, todos precisam comer. De fato, o setor de alimentos é um dos que apresentam maior crescimento e estabilidade no Brasil. Diferentemente de outros setores industriais, esse não foi pela crise econômica mundial. A vacina é o mercado consumidor interno: a ascensão econômica de 30 milhões de brasileiros para a classe média levou as indústrias a investir em segmentos mais populares, o que aumenta a oferta de emprego, não apenas para engenheiros de alimentos, mas também para aqueles de formação mais curinga, habilitados a trabalhar diretamente nas linhas de produção, como engenheiros industriais e de produção.
Mercado de Trabalho
A crise econômica deflagrada em 2008 deu uma freada no mercado. Mas, a partir de 2010, a área voltou à alta acelerada. E, sem contar os recuos momentâneos, o mercado se mantém, graças às mudanças de hábitos alimentares dos brasileiros, na busca de qualidade de vida e produtos diferenciados. "Essa é uma demanda de todas as classes sociais", afirma o coordenador do curso de Engenharia de Alimentos da Unesp, Roger Darros Barbosa. A indústria alimentícia e a agroindústria são tradicionais empregadoras desse profissional, que é contratado para atuar diretamente nas linhas de produção, na gestão de pessoas, no controle e na gestão de qualidade, no apoio a processos e na pesquisa e desenvolvimento de produtos. Outras áreas que têm gerado contratações são a de pesquisa e desenvolvimento, de normatização e legislação - em órgãos públicos -, além de fabricantes de equipamentos e de embalagens. A atuação em pequenas e médias empresas também vem crescendo, segundo Barbosa. "Elas praticamente não aparecem, mas são muito mais importantes como empregadoras do que as grandes empresas", afirma o coordenador da Unesp. As indústrias do setor estão espalhadas por todo o país. Mas grande parte delas encontra-se concentrada nas regiões Sudeste e Sul. O Centro-Oeste concentra a indústria da carne e a da soja. O Nordeste é forte na indústria de frutas.
Salário inicial: R$ 3.732,00 (6 horas diárias); fonte: CREA-SP.
Salário inicial: R$ 3.732,00 (6 horas diárias); fonte: CREA-SP.
Curso
Os dois primeiros anos são de formação básica, com aulas de matemática, química, bioquímica, físico-química e termodinâmica. Depois, o currículo enfatiza as disciplinas mais técnicas, ligadas à produção e à conservação dos vários tipos de alimento. Os conteúdos das áreas de economia e administração dão fundamento ao futuro profissional para que possa atuar em gerenciamento industrial. A realização de estágio e a apresentação de trabalho de conclusão de curso são obrigatórias.
Duração média: cinco anos.
Duração média: cinco anos.
O que você pode fazer
Armazenamento e transporte
Estabelecer parâmetros de armazenamento e transporte, visando à garantia de qualidade do produto acabado.
Automação de processos
Planejar e implantar linhas automatizadas de produção.
Consultoria
Prestar assessoria a empresas da área alimentícia no desenvolvimento de produtos, layout de equipamentos e de plantas de produção e implementar sistemas de controle da qualidade.
Controle de qualidade
Organizar métodos e sistemas de controle e garantia de qualidade das matérias-primas e dos produtos processados nas indústrias alimentícias, coordenar análises laboratoriais.
Pesquisa e desenvolvimento
Criar e aperfeiçoar produtos, de acordo com as necessidades do mercado. Pesquisar matérias- primas, embalagens e tecnologias de produção.
Planejamento e projetos
Agroindustriais planejar e implantar instalações industriais alimentícias e dimensionamento de equipamentos. Avaliar a viabilidade econômica de novas indústrias, estudando as oportunidades de mercado.
Produção
Desenvolver e aprimorar processos de produção, fazer a seleção de máquinas e equipamentos fabris. Planejar e supervisionar operações industriais, administrando as equipes e as diversas etapas de produção. Estudar e implantar métodos para aumentar a produtividade, reduzir custos e garantir a segurança no trabalho.
Tratamento de resíduos
Definir métodos de descarte, reciclagem e possível reaproveitamento de resíduos da indústria alimentícia, protegendo o meio ambiente e visando à sustentabilidade.
Vendas técnicas e marketing
Desenvolver aplicações visando à comercialização de matérias-primas, ingredientes, insumos e equipamentos para a indústria alimentícia.
fonte: Guia do estudante
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